domingo, 20 de novembro de 2011

ADULTÉRIO VIRTUAL E AS CONSEQUENCIAS DO SEXO IRRESPONSAVEL

Redes sociais de infidelidade chegam ao Brasil

A bananização da infidelidade conjugal tem chegado a níveis alarmantes.

A onda das redes sociais voltadas para a traição conjugal expande-se a cada dia e o Brasil, infelizmente, tem sido um dos seus principais alvos. Como exemplo, uma das redes - recentemente implantada no Brasil - promete "um espaço exclusivo para homens e mulheres que desejam conservar seu matrimônio para encontrar intimidade em outro lugar". Numa ação de marketing, ela espalhou outdoors no Rio de Janeiro com os seguintes dizeres: "Tenha um caso agora, arrependa-se depois".

É triste (e revoltante) ver o modo como a sociedade atual faz chacota do matrimônio, ao mesmo tempo em que cria uma indústria de lucro com o adultério.

O ponto de partida do esfacelamento da sociedade é exatamente a concepção equivocada sobre o sexo e a sua entronização como meio condutor de salvação e transformação. Charles Colson e Nancy Pearcey observam que “o sexo é parte vital da ordem criada por Deus, compondo a sagrada aliança do casamento; nossa natureza sexual é um bom presente divino. Porém, para muitos pensadores modernos, a sexualidade tornou-se a base de uma cosmovisão inteira, a fonte de significado e cura, um meio de redenção. O sexo tem sido exaltado a ponto de nos elevar a nós mesmos para o próximo nível da evolução, criando um novo tipo de natureza humana e uma avançada civilização”, e que “a sexualidade está claramente sendo apresentada como mais do que uma mera gratificação ou deleite sensual. Não é nada menos que uma forma de redenção, um meio para curar a falha fundamental da natureza humana” (p. 294).

Ou seja, o homem natural moderno está tentando se salvar e se libertar por meio da prática sexual. Por esse motivo, o lobby da sexualidade irrestrita avança assustadoramente em todos os ambientes da sociedade, seja na política, na educação, na mídia ou até mesmo dentro das famílias. A defesa do “sexo sem amarras e sem preconceito”, é preciso dizer, não é uma visão inocente, mas sim uma ideologia devidamente estabelecida, que, por meio dos seus “evangelistas”, vai tentando transformar os homens, visando a libertá-los dos “constrangimentos da moralidade” e introduzindo uma sociedade ideal.

Embora o hedonismo não seja capaz de formar uma cosmovisão inteira, consegue, contudo, minar a resistência daquela na qual está inserida, isso porque tal concepção traz consigo não somente a promiscuidade, a banalização do sexo e a vulgaridade nos relacionamentos entre homem e mulher, mas também uma série de trágicas conseqüências, tanto para o indivíduo quanto para a sociedade de uma forma geral.

É possível constatar essa verdade ao analisar que, historicamente, a liberalização estabanada do sexo, fundamentada somente no prazer irresponsável, trouxe consigo o aumento da AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis; sem falar ainda o crescimento da gravidez na adolescência, os abortos, as crianças abandonadas, famílias desestruturadas com mães e/ou pais solteiros. Nessa mesma linha, podemos citar ainda que a concepção equivocada sobre a sexualidade contribuiu com o aumento da violência sexual, o abuso infantil, o atentado violento ao pudor e ao estupro.

Não bastasse isso, Francis Schaeffer (Como Viveremos, p. 163) escreve que Edward Gibbon, em seu livro Declinio e Queda do Império Romano, dizia que vários fatores levaram o Império Romano à bancarrota, entre eles, o apego exagerado ao sexo. Ele asseverou que os seguintes cinco fatores marcaram o fim de Roma: primeiro, um forte amor pelo espetáculo e pela suntuosidade; segundo, uma crescente discrepância entre ricos e pobres; terceiro, uma obsessão pelo sexo; quarto, excentricidade nas artes, mascarada como originalidade, e entusiasmo fingindo ser criatividade; em quinto lugar, um crescente desejo de viver fora do Estado.

Portanto, a obsessão pelo sexo traz consigo, não somente prejuízo para o indivíduo, mas para a sociedade como um todo. E as redes sociais para a traição conjugal são mais uma prova do quanto perto a sociedade está do abismo, caso não encontre o caminho da redenção: Cristo.

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