sexta-feira, 28 de outubro de 2011

´´ LEMBRE-SE QUE ,NO FINAL SEMPRE SERÁ ENTRE VOCE E DEUS !!!

LEMBRE-SE Q, NO FINAL, SEMPRE SERÁ ENTRE VC E DEUS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Um
profissional ambicioso queria crescer na empresa para a qual
trabalhava, mas, para tal, haveria de enfrentar um grande problema.
Havia um colega de trabalho que era muito talentoso, realmente bom no
que fazia. Com ele no caminho, não daria para crescer. E as tentativas
de agradar o chefe simplesmente não davam certo.
Quase de forma
inconsciente, o profissional começou a aproveitar as raras oportunidades
que tinha para criticar o colega talentoso. Apesar de este não vacilar
com frequência e executar um bom trabalho, o ambicioso sempre encontrava
algum motivo para falar pelas costas. Até que um dia conseguiu o que
queria e o colega foi demitido.
Meses depois, porém, a empresa passou
por problemas financeiros, foi vendida e o ambicioso acabou sem
emprego. Rapidamente, começou a mandar currículos. Porém, nenhuma
empresa dava retorno.
Decidiu então recorrer às pessoas que conhecia,
mas estas não o ajudaram, porque sabiam de sua falta de ética. Um dia,
uma empresa ligou e o chamou para uma entrevista. Ele foi. Ao chegar no local indicado, ficou surpreso: o entrevistador era o antigo colega que havia prejudicado no passado. Na mesma hora, soube que suas chances de conseguir o emprego eram pequenas.

SERÁ Q VALE A PENA ALCANÇAR NOSSOS OBJETIVOS A QQUER CUSTO????

“Muitas vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas. Perdoe-as assim mesmo.
Se você é gentil, as pessoas podem acusá-la de egoísta, interesseira. Seja gentil assim mesmo.
Se você é uma vencedora, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros. Vença assim mesmo.
Se você é honesta e franca, as pessoas podem enganá-la. Seja honesta e franca assim mesmo.
O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra. Construa assim mesmo.
Se você tem paz e é feliz, as pessoas podem sentir inveja. Seja feliz assim mesmo.
O bem que você faz hoje, pode ser esquecido amanhã. Faça o bem assim mesmo.
Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante. Dê o melhor de você assim mesmo.
Veja você que, no final das contas, é entre você e Deus.
Nunca foi entre você e as outras pessoas.”

O Dia do Halloween, comemorado no dia 31 de outubro, é um ritual satânico. Considerada a noite mais longa do ano, celebrado na Inglaterra, na entrada das estações frias. Esta data para os Druidas e Celtas, era o início da Estação das Trevas, e era o último dia permitido para se fazer qualquer colheita, porque esta noite era a separação entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos.

Muitos rituais eram feitos para expulsar os espíritos maus das lavouras, para que a terra não fosse amaldiçoada e pudesse produzir no ano seguinte. Nesses rituais, demônios eram invocados, para que “abençoassem" as casas, lavouras e animais.

Na noite de Halloween as crianças se fantasiam com vestes de bruxas, diabos, duendes, caveiras etc, e saem às ruas brincando de “doces ou travessuras”. Essa prática diabólica faz nossas crianças assumirem o papel de demônios que se não receberem as ofertas (doces e dinheiro), destruirão as casas ou farão mal às pessoas.

SÍMBOLOS DO HALLOWEEN:

ABÓBORA COM ROSTO - Há uma lenda que um homem chamado Jack, morreu e foi-lhe negado a entrada tanto no céu como no inferno. Condenado a viver perambulando pela terra como uma alma penada, ele colocou uma brasa brilhante num grande nabo oco, para iluminar o seu caminho à noite. Daí os nabos foram trocados por abóboras, que simboliza o esírito de Jack.

VELAS - Interessante que neste dia é usada muitas velas marrons e alaranjadas e você pode imaginar que isto não tem nada a ver com nada. Em um dos rituais feitos pelas bruxas neste dia, as cores de velas usadas são MARRONS e LARANJAS. Coincidência?

USO DO PENTAGRAMA - O pentagrama é o símbolo principal do satanismo. Todo trabalho de encantamento e magia é feito dentro dele, ou colocado sobre ele ou na frente do altar.

PESCAR MAÇÃS EM UM TONEL - Esta antiga prática veio de adivinhar o futuro. Quem conseguisse pegar a maçã com a boca, num tonel de água, teria a ajuda dos espíritos para conseguir a pessoa amada.

PEDIR DOCES - Esse costume veio da tradição Irlandesa, quando um homem conduzia uma procissão para pedir oferta aos agricultores, para que suas colheitas não fossem amaldiçoadas por demônios. Hoje, as crianças que saem pedindo doces e dizendo "Doces ou travessuras?", representam os demônios.

GATO PRETO - Os gatos eram objeto de adoração e estavam presentes nessa festividade. Acreditavam-se que após um período de silêncio com a busca da meditação, o próprio diabo aparecia na forma de um gato preto.

A mídia tem promovido uma onda de bruxos bonzinhos, lindos e românticos. Pessoas aparentemente normais, sem nariz com verrugas. Como no caso do famoso Harry Potter. Mas aBíblia Sagrada condena a prática da feitiçaria, bruxaria, adivinhações. Quem pratica tais coisas é abominável aos olhos do Senhor.

Pelo que sabemos, nessa data, muitas crianças desaparecem para serem sacrificadas em rituais satânicos. Não podemos deixar que nossas vidas, e as vidas de nossos filhos sejam destruídas por nossa ignorância espiritual. Diga não ao Halloween!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

´´ ATÉ QUANDO? ´´

Até quando?
Diz Davi: “A minha alma está perturbada; mas tu, Senhor, até quando?”, Sl 6.3. Todo o Salmo 6 retrata uma angustiante oração do rei Davi, quando sentia em seu próprio corpo dores provocadas por um sufocante sentimento de caos. A interrogação do salmista “Até quando?” é típica e ressoa em todas as gerações na história da humanidade.

Vivemos tempos difíceis, de decepções e sofrimentos, de pecados e corrupções, e a perplexidade é evidente nas faces estupefatas pelas coisas que sucedem no mundo. “Até quando?” é uma interrogação constante, permanente e sem resposta aparente. A primeira vez que esta interrogação foi emitida aconteceu no Jardim do Éden e, de lá para cá, a preocupação quanto ao porquê de todos os problemas é uma realidade. O mal surge na vida do homem, não como um mero conceito moralista ou filosófico, ou mesmo religioso. O mal, ainda que impessoal, é o resultado da ação pessoal do maior inimigo de Deus e do homem: o Diabo.

Em cada esquina de rua, nos bares, nas casas de comércio, nos escritórios advocatícios, nas grandes empresas, na boca dos velhos, dos jovens e das crianças, encontra-se esta interrogação. Até quando continuarão os conflitos sociais e bélicos, e a matança indiscriminada de mulheres e crianças? Até quando a violência fará seu caminho de morte e destruição nas grandes cidades? Até quando inocentes pagarão pelos culpados? Até quando as diferenças ideológicas e políticas separarão as nações e os povos? Até quando os governantes da Terra estarão subestimando a vida humana?

O salmista Davi confessa: “Também a minha alma está perturbada, mas tu, Senhor, até quando?” A alma humana é aquele princípio inteligente e vivo que Deus criou, e é dotada não apenas de existência física, mas também de vida moral e espiritual. A alma humana difere da alma irracional, pois ela representa a vida pessoal do ser humano através da mente, da vontade e dos sentimentos. Porém, um dos atributos humanos é a livre vontade, conhecida como livre arbítrio, e por esse atributo o homem deixou-se corromper pelo pecado.

O pecado enfraqueceu e tornou limitada a alma humana, porque ficou marcada pela derrota e despida de sua glória original. As potencialidades pessoais do homem foram corrompidas e pervertidas. O resultado negativo produziu separação de Deus. A alma humana tornou-se escrava de um sistema espiritual antagônico a Deus sob o comando de Satanás. Todas as prerrogativas humanas foram controladas por esse inimigo. Sua liberdade foi perdida; seu poder de decisão foi sufocado e seu grito sufocado, mas a Bíblia revela que Deus resolveu restaurar o homem através de alguém que seria capaz de libertá-lo dos seus pecados. Esse alguém é o Senhor Jesus Cristo.

Jesus “tomou sobre si as nossas dores e enfermidades, e levou sobre si as nossas iniqüidades”. Isso significa que Ele tomou o peso da condenação que tínhamos sobre nós. Pela obra expiatória no Calvário, Ele faz calar o gemido daqueles que o aceitam como Salvador e Senhor. As angústias que roubam a paz das pessoas são aliviadas por Jesus, o único capaz de resolver esse problema.

´´ OUVINDO A VOZ DE DEUS NOS VALES ´´

Ouvindo a Voz de Deus nos Vales

Ezequiel,filho do sacerdote Buzi,da linhagem sacerdotal de Zadoque,viveu por volta de 597 a C.
Chamado por Deus para exercer o ministério de profeta em meio a um dos períodos mais críticos de Israel,o Cativeiro Babilônico. Podemos perceber que em Ez 3:22 algo de interessante acontece,Deus Fala com Ezequiel e lhe dá uma ordenança.
“ E a mão do Senhor estava sobre mim ali, e ele me disse: Levanta-te, e sai ao vale, e ali falarei contigo.”

Antes de prosseguirmos nos é interessante deixar compreensível a palavra “VALE”. Geograficamente o que é um vale? Vale é uma depressão alongada entre dois montes ou quaisquer superficies,ou seja,vale é a parte mais baixa de uma região. Na Escrituras Hebraicas essa palavra aparece por 188 vezes e veremos nós que quando trazemos o vale para um contexto bíblico,descobriremos que “VALE” ganhará algumas conotações.

1.Vale: Lugar de guerra
Ao estudarmos o Antigo Testamento,especificamente as guerras que entre povos,perceberemos que as batalhas geralmente aconteciam nos vales e não nos montes,logo vale ganha sua primeira conotação. Porém aquele que atravessa o vale da Batalha com o General de Guerra (JESUS) tem vitoria em sua trajetória!

2.Vale: Lugar de Morte
Os sepulcros,principalmente no AT geralmente era nos vales,quando Deus mostrou a Ezequiel o estado no qual o povo se encontrava espiritualmente,ou seja, sem vida e sequíssimos,Deus deu uma visão a Ezequiel no Vale. Assim temos a segunda conotação. Aquele que atravessa o vale da morte firmado em salmos 23:4 não teme.
“Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.”

3 Vale: Lugar da ausência da manifestação de Deus
Sabemos nós que as maiores manifestações de Deus aconteceram nos montes e não nos vales, a Sarça ardente vista por Moises era no monte, Abraão ver a intervenção poderosa de Deus quando está preste a sacrificar o seu filho no monte,e agora vale ganha sua terceira conotação. Ezequiel estava prestes a quebrar esse estigma,pois aquele que desce ao vale ao mandado do SENHOR tanto ver sua manifestação quanto prova do seu Poder em sua vida.

Se estiveres passando pelo vale,seja ele o vale da batalha,da morte ou da ausência da manifestação de Deus,saiba que é exatamente nos vales que Deus nos proporciona experiência intima com Ele.
Quando Deus ordena que seu profeta desça ao vale,Deus não faz isso sem propósito,e logo veremos os propósitos pelos quais Deus levou seu servo ao vale:

1-Deus queria falar com o seu profeta “Desce ao vale e ali falarei contigo” v22 Nos vale se ouve a voz de Deus com mais facilidade,as dificuldades da vida nos torna mais sensíveis a voz de Deus,então muitas vezes Deus nos leva ao vale para falar conosco.

2-Deus queria manifestar a sua glória ao seu profeta “Então me levantei, e saí ao vale; e eis que a glória do Senhor estava ali, como a glória que vi junto ao rio Quebar; e caí com o rosto em terra.”
Nos vales contemplamos a glória de Deus.

Conclusão: Vale representa os momentos críticos e difíceis da nossa vida,onde muitas vezes nos deparamos com grandes batalhas,mortes e até mesmo sentimos a ausência da manifestação de Deus,mas é nesse momento que Deus mostra que não nos abandonou e que neste vale além de ouvirmos a sua poderosa voz ao nos direcionar e consolar,também contemplaremos sua glória e provaremos da sua providencia em meio a dificuldade! Deus opera e se manifesta nos vales da vida,basta estarmos sensíveis para ouvir sua voz ao falar conosco enquanto o atravessamos! Ouça a voz de Deus nos vales e tenha a certeza que Ele não te esqueceu!

domingo, 23 de outubro de 2011

´´ A PALAVRA DO DIA PARA VOCE HOJE´´

"Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido." Josué 1:8

Pensamento: Provavelmente este é o mandamento com promessa que eu mais gosto, começando pela recomendação de não apenas ler, mas meditar na palavra de Deus, para fazer tudo conforme está escrito, e assim como consequência, a promessa de prosperidade e sucesso.

Oração: Senhor Deus, seus mandamentos e promessas são perfeitos demais, muitas vezes não entendemos suas recomendações, mas abra nossos olhos da fé para que possamos nos interessar mais pela Sua palavra e meditar nela dia e noite, e assim possamos aguardar pela prosperidade e sucesso que vem do Senhor, e está muito acima do que o mundo pode oferecer. Amém.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

´´ ENTREGA O TEU CAMINHO AO SENHOR´´

"Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará." Salmos 37:5

Pensamento: Quantas vezes nos pegamos preocupados com as nossas necessidades físicas, financeiras, familiares, sentimentais, entre outras, e esquecemos que existe um Deus no controle de nossas vidas. Quando entregamos o nosso caminho ao senhor devemos confiar e ter a certeza de que Ele tudo fará, como não podemos fazer sozinho, devemos deixar tudo no controle das Suas mãos. O segredo é não tomar de volta a preocupação, pois quando é difícil ainda podemos fazer, mas quando se torna impossível Deus começa a agir.




Oração: Pai. Peço que me ajudes á entregar todas as minhas ansiedades em Tuas mãos e descansar na certeza de que o Senhor sabe o que faz, embora, eu não entenda. Quero confiar plenamente em Teu poder e ter a certeza que podes fazer mais do que eu peço, penso ou sonho. Tudo o que sou, entrego em Tuas mãos, cumpra-se em mim o Teu querer!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

´MENSAGEM DO DIA ´´

"Mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam." Isaías 40:31

Pensamento: Antes de levantar vôo a águia fica em um penhasco aguardando até que comece a soprar uma corrente de ar quente em direção ao céu e, lançando-se neste vento, sobe até as maiores alturas. Este "esperar no Senhor" e o "discernir as correntes de ar quente do Espírito Santo" representam as principais etapas do plano de vôo de um cristão. Para aqueles que desejam adorar a Deus e manter comunhão com Ele, é essencial perceber em que direção o Espírito Santo quer fluir e reagir de maneira adequada e sensível (de forma intuitiva) a este mover.

Oração: Senhor Deus ensina-me o segredo das águias, ajuda-me a voar sem bater asas, sendo conduzido pelo fluir da corrente de ar quente do Espirito Santo, que vai em direção ao céu. Leva-me mesmo Pai, as mais altas alturas, aos lugares mais altos e mais longe. Não permita que eu fique parado sem fazer nada, ajuda-me a lançar-me do penhasco na hora certa. Pai querido agora eu entendo Tua palavra, "correm e não se cansam". Eu oro em nome de Jesus. Amém.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

´AS ASSEMBLEIAS DE DEUS NO MUNDO ´´

As Assembléias de Deus no mundo
A Assembléia de Deus é a maior denominação pentecostal do mundo com aproximadamente 52,5 milhões de membros. O país com o maior número de membros é o Brasil com 8,4 milhões de membros (só 3,6 milhões são associados com a sede dos EUA e o World Assemblies of God Fellowship).
Tradicionalmente reconhece-se o começo do movimento pentecostal contemporâneo como tendo início no ano 1906 em Los Angeles, nos Estados Unidos,na Rua Azuza, onde houve um grande avivamento caracterizado, principalmente, pelo "batismo com o Espírito Santo" evidenciado pelos dons do Espírito (glossolalia, curas milagrosas, profecias, interpretação de línguas e discernimento de espíritos).

Devido à projeção que ganhou na mídia, o avivamento na Rua Azuza rapidamente cresceu e, subitamente, pessoas de todos os lugares do mundo foram conhecer o movimento. No começo, as reuniões na Rua Azuza aconteciam informalmente, eram apenas alguns fiéis que se reuniam em um velho galpão para orar e compartilhar suas experiências, liderados por William Seymour (1870-1922). Rapidamente, grupos semelhantes foram formados em muitos lugares dos EUA, mas, com o rápido crescimento do movimento, o nível de organização também cresceu até o grupo se denominar Missão da Fé Apostólica da Rua Azuza. Alguns fiéis não concordaram com a denominação do grupo.


Logo Assembléia de Deus Americana

Surgiram grupos independentes que emergiram em denominações, como as Assembléias de Deus. Também algumas denominações já estabelecidas adotaram doutrinas e práticas pentecostais, como é o caso da Igreja de Deus em Cristo.

Portugal
Em Portugal, a história desta denominação pentecostal é contada a partir do ano de 1913. Foram os missionários portugueses emigrados do Brasil, José Plácido da Costa (1913) e José de Matos Caravela (1921), que deram início às ações que resultaram na fundação das Assembléias de Deus em Portugal.
A primeira igreja Assembléia de Deus em Portugal foi fundada na cidade de Portimão, em 1924, pelo missionário José de Matos, também responsável pela fundação das igrejas do Algarve, Santarém e Alcanhões. A partir desse ano, com a ajuda de missionários suecos e o esforço de obreiros portugueses, foram estabelecidas diversas outras igrejas em várias cidades, como: Porto, em 1930, com a intervenção do missionário sueco Daniel Berg; Évora, em 1932, pela ação da evangelista Isabel Guerreiro; e Lisboa, em 1934, com a ajuda do missionário Jack Hardstedt.
Da ação missionária das Assembléias de Deus em Portugal deu-se a expansão da igreja aos territórios ultramarinos, a exemplo de: Angola, Guiné, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Timor Leste; os quais posteriormente tornaram-se nações independentes, mas mantiveram suas igrejas Assembléias de Deus nacionais em fraterna relação com as co-irmãs portuguesas.
Em Portugal o ramo principal é a Convenção das Assembléias de Deus em Portugal, com quase 400 igrejas, a maior denominação protestante no país. Além da CADP, existem outras denominações organizadas em Portugal, originárias de imigrantes brasileiros ou cismas da CADP, que adotam o mesmo nome, como a Assembléia de Deus Missionária; Assembléia de Deus Universal; Convenção Nacional das Assembléias de Deus; Igreja de Nova Vida - Assembléia de Deus da Amadora.

Estados Unidos
Nos Estados Unidos, surgiram várias congregações pentecostais independentes, desde o avivamento da Azuza St., em 1906. Buscando unidade, comunhão entre si, trabalho missionário e organização legal, alguns líderes convocaram uma Convenção em Hot Springs, Arkansas, em 1914. Como resultado, houve a adesão de quase 500 ministros e a criação do General Council of the Assemblies of God (Concílio Geral das Assembléias de Deus), mais tarde sediado em Springfield (Missouri). Essa igreja possui, hoje, cerca de dois milhões de membros e envia missionários a vários países do mundo. John Ashcroft, procurador-geral dos EUA durante o primeiro mandado de George W. Bush é membro dessa denominação.
As Assemblies of God apresentam algumas diferenças de sua co-irmã brasileira: no tocante à administração, não existe o sistema de ministérios; cada igreja local é autônoma e não é subordinada a nenhuma outra entidade, mas voluntariamente agrupam-se em presbitérios regionais, onde há igualdade entre todos e contam com a participação de representantes leigos. A congregação local entrevista e contrata o pastor, que é examinado e ordenado pelo Concílio Geral.

Grã-Bretanha e Irlanda
Organizada em 1924, a Assemblies of God in Great Britain and Ireland cresceu sob a influência do pastor Donald Gee. Reúne hoje cerca de 600 igrejas locais e possui uma rede de missionários atuando em vários continentes. Uma característica da AGGBI é a prática da Santa Ceia semanalmente.
Existem ainda Assembléias de Deus compostas por imigrantes caribenhos e brasileiros, cujas igrejas não possuem relações com a AGGBI.

Culto
Os cultos das Assembléias de Deus se caracterizam por orações, cânticos, testemunhos e pregações, em que muitas vezes ocorrem manifestações dos chamados dons espirituais, como profecias e o culto em línguas.

Críticas
A Assembléia de Deus - a exemplo de toda entidade que cresce e conquista espaços no emaranhado da organização social - sofre críticas, tanto por parte de outras denominações religiosas quanto por setores não-religiosos da sociedade civil. O rápido crescimento da igreja tem estimulado diversas produções intelectuais de pesquisadores dos fenômenos sociológicos e antropológicos contemporâneos; ao mesmo tempo em que já gerou apaixonadas controvérsias e discussões, no campo puramente ideológico.

´´ PACTO DE LAUSANNE-SUIÇA ´´

Lausanne, Suíça, 1974

Sumário

Introdução

1. O Propósito de Deus

2. A Autoridade e o Poder da Bíblia

3. A Unicidade e a Universalidade de Cristo

4. A Natureza da Evangelização

5. A Responsabilidade Social Cristã

6. A Igreja e a Evangelização

7. Cooperação na Evangelização

8. Esforço Conjugado de Igrejas na Evangelização

9. Urgência da Tarefa Evangelística

10. Evangelização e Cultura

11. Educação e Liderança

12. Conflito Espiritual

13. Liberdade e Perseguição

14. O Poder do Espírito Santo

15. O Retorno de Cristo

Conclusão


Introdução

Nós, membros da Igreja de Jesus Cristo, procedentes de mais de 150 nações, participantes do Congresso Internacional de Evangelização Mundial, em Lausanne, louvamos a Deus por sua grande salvação, e regozijamo-nos com a comunhão que, por graça dele mesmo, podemos ter com ele e uns com os outros. Estamos profundamente tocados pelo que Deus vem fazendo em nossos dias, movidos ao arrependimento por nossos fracassos e dasafiados pela tarefa inacabada da evangelização.
Acreditamos que o evangelho são as boas novas de Deus para todo o mundo, e por sua graça, decidimo-nos a obedecer ao mandamento de Cristo de proclamá-lo a toda a humanidade e fazer discípulos de todas as nações. Desejamos, portanto, reafirmar a nossa fé e a nossa resolução, e tornar público o nosso pacto.

1. O propósito de Deus

Afirmamos a nossa crença no único Deus eterno, Criador e Senhor do Mundo, Pai, Filho e Espírito Santo, que governa todas as coisas segundo o propósito da sua vontade. Ele tem chamado do mundo um povo para si, enviando-o novamente ao mundo como seus servos e testemunhas, para estender o seu reino, edificar o corpo de Cristo, e também para a glória do seu nome. Confessamos, envergonhados, que muitas vezes negamos o nosso chamado e falhamos em nossa missão, em razão de nos termos conformado ao mundo ou nos termos isolado demasiadamente. Contudo, regozijamonos com o fato de que, mesmo transportado em vasos de barro, o evangelho continua sendo um tesouro precioso. À tarefa de tornar esse tesouro conhecido, no poder do Espírito Santo, desejamos dedicar-nos novamente.

2. A autoridade e o poder da Bíblia

Afirmamos a inspiração divina, a veracidade e autoridade das Escrituras tanto do Velho como do Novo Testamento, em sua totalidade, como única Palavra de Deus escrita, sem erro em tudo o que ela afirma, e a única regra infalível de fé e prática. Também afirmamos o poder da Palavra de Deus para cumprir o seu propósito de salvação. A mensagem da Bíblia destina-se a toda a humanidade, pois a revelação de Deus em Cristo e na Escritura é imutável. Através dela o Espírito Santo fala ainda hoje. Ele ilumina as mentes do povo de Deus em toda cultura, de modo a perceberem a sua verdade, de maneira sempre nova, com os próprios olhos, e assim revela a toda a igreja uma porção cada vez maior da multiforme sabedoria de Deus.

3. A unicidade e a universalidade de Cristo

Afirmamos que há um só Salvador e um só evangelho, embora exista uma ampla variedade de maneiras de se realizar a obra de evangelização. Reconhecemos que todos os homens têm algum conhecimento de Deus através da revelação geral de Deus na natureza. Mas negamos que tal conhecimento possa salvar, pois os homens, por sua injustiça, suprimem a verdade. Também rejeitamos, como depreciativo de Cristo e do evangelho, todo e qualquer tipo de sincretismo ou de diálogo cujo pressuposto seja o de que Cristo fala igualmente através de todas as religiões e ideologias. Jesus Cristo, sendo ele próprio o único Deus-homem, que se deu uma só vez em resgate pelos pecadores, é o único mediador entre Deus e o homem. Não existe nenhum outro nome pelo qual importa que sejamos salvos. Todos os homens estão perecendo por causa do pecado, mas Deus ama todos os homens, desejando que nenhum pereça, mas que todos se arrependam. Entretanto, os que rejeitam Cristo repudiam o gozo da salvação e condenam-se à separação eterna de Deus. Proclamar Jesus como "o Salvador do mundo" não é afirmar que todos os homens, automaticamente, ou ao final de tudo, serão salvos; e muito menos que todas as religiões ofereçam salvação em Cristo. Trata-se antes de proclamar o amor de Deus por um mundo de pecadores e convidar todos os homens a se entregarem a ele como Salvador e Senhor no sincero compromisso pessoal de arrependimento e fé. Jesus Cristo foi exaltado sobre todo e qualquer nome. Anelamos pelo dia em que todo joelho se dobrará diante dele e toda língua o confessará como Senhor.

4. A natureza da evangelização

Evangelizar é difundir as boas novas de que Jesus Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou segundo as Escrituras, e de que, como Senhor e Rei, ele agora oferece o perdão dos pecados e o dom libertador do Espírito a todos os que se arrependem e crêem. A nossa presença cristã no mundo é indispensável à evangelização, e o mesmo se dá com aquele tipo de diálogo cujo propósito é ouvir com sensibilidade, a fim de compreender. Mas a evangelização propriamente dita é a proclamação do Cristo bíblico e histórico como Salvador e Senhor, com o intuito de persuadir as pessoas a vir a ele pessoalmente e, assim, se reconciliarem com Deus. Ao fazermos o convite do evangelho, não temos o direito de esconder o custo do discipulado. Jesus ainda convida todos os que queiram seguilo e negarem-se a si mesmos, tomarem a cruz e identificarem-se com a sua nova comunidade. Os resultados da evangelização incluem a obediência a Cristo, o ingresso em sua igreja e um serviço responsável no mundo.

5. A responsabilidade social cristã

Afirmamos que Deus é o Criador e o Juiz de todos os homens. Portanto, devemos partilhar o seu interesse pela justiça e pela conciliação em toda a sociedade humana, e pela libertação dos homens de todo tipo de opressão. Porque a humanidade foi feita à imagem de Deus, toda pessoa, sem distinção de raça, religião, cor, cultura, classe social, sexo ou idade possui uma dignidade intrínseca em razão da qual deve ser respeitada e servida, e não explorada. Aqui também nos arrependemos de nossa negligência e de termos algumas vezes considerado a evangelização e a atividade social mutuamente exclusivas. Embora a reconciliação com o homem não seja reconciliação com Deus, nem a ação social evangelização, nem a libertação política salvação, afirmamos que a evangelização e o envolvimento sócio-político são ambos parte do nosso dever cristão. Pois ambos são necessárias expressões de nossas doutrinas acerca de Deus e do homem, de nosso amor por nosso próximo e de nossa obediência a Jesus Cristo. A mensagem da salvação implica também uma mensagem de juízo sobre toda forma de alienação, de opressão e de discriminação, e não devemos ter medo de denunciar o mal e a injustiça onde quer que existam. Quando as pessoas recebem Cristo, nascem de novo em seu reino e devem procurar não só evidenciar mas também divulgar a retidão do reino em meio a um mundo injusto. A salvação que alegamos possuir deve estar nos transformando na totalidade de nossas responsabilidades pessoais e sociais. A fé sem obras é morta.

6. A Igreja e a evangelização

Afirmamos que Cristo envia o seu povo redimido ao mundo assim como o Pai o enviou, e que isso requer uma penetração de igual modo profunda e sacrificial. Precisamos deixar os nossos guetos eclesiásticos e penetrar na sociedade não-cristã. Na missão de serviço sacrificial da igreja a evangelização é primordial. A evangelização mundial requer que a igreja inteira leve o evangelho integral ao mundo todo. A igreja ocupa o ponto central do propósito divino para com o mundo, e é o agente que ele promoveu para difundir o evangelho. Mas uma igreja que pregue a Cruz deve, ela própria, ser marcada pela Cruz. Ela torna-se uma pedra de tropeço para a evangelização quando trai o evangelho ou quando lhe falta uma fé viva em Deus, um amor genuíno pelas pessoas, ou uma honestidade escrupulosa em todas as coisas, inclusive em promoção e finanças. A igreja é antes a comunidade do povo de Deus do que uma instituição, e não pode ser identificada com qualquer cultura em particular, nem com qualquer sistema social ou político, nem com ideologias humanas.

7. Cooperação na evangelização

Afirmamos que é propósito de Deus haver na igreja uma unidade visível de pensamento quanto à verdade. A evangelização também nos convoca à unidade, porque o ser um só corpo reforça o nosso testemunho, assim como a nossa desunião enfraquece o nosso evangelho de reconciliação. Reconhecemos, entretanto, que a unidade organizacional pode tomar muitas formas e não ativa necessariamente a evangelização. Contudo, nós, que partilhamos a mesma fé bíblica, devemos estar intimamente unidos na comunhão uns com os outros, nas obras e no testemunho. Confessamos que o nosso testemunho, algumas vezes, tem sido manchado por pecaminoso individualismo e desnecessária duplicação de esforço. Empenhamo-nos por encontrar uma unidade mais profunda na verdade, na adoração, na santidade e na missão. Instamos para que se apresse o desenvolvimento de uma cooperação regional e funcional para maior amplitude da missão da igreja, para o planejamento estratégico, para o encorajamento mútuo, e para o compartilhamento de recursos e de experiências.

8. Esforço conjugado de Igrejas na evangelização

Regozijamo-nos com o alvorecer de uma nova era missionária. O papel dominante das missões ocidentais está desaparecendo rapidamente. Deus está levantando das igrejas mais jovens um grande e novo recurso para a evangelização mundial, demonstrando assim que a responsabilidade de evangelizar pertence a todo o corpo de Cristo. Todas as igrejas, portando, devem perguntar a Deus, e a si próprias, o que deveriam estar fazendo tanto para alcançar suas próprias áreas como para enviar missionários a outras partes do mundo. Deve ser permanente o processo de reavaliação da nossa responsabilidade e atuação missionária. Assim, haverá um crescente esforço conjugado pelas igrejas, o que revelará com maior clareza o caráter universal da igreja de Cristo. Também agradecemos a Deus pela existência de instituições que laboram na tradução da Bíblia, na educação teológica, no uso dos meios de comunicação de massa, na literatura cristã, na evangelização, em missões, no avivamento de igrejas e em outros campos especializados. Elas também devem empenhar-se em constante auto-exame que as levem a uma avaliação correta de sua eficácia como parte da missão da igreja.

9. Urgência da tarefa evangelística

Mais de dois bilhões e setecentos milhões de pessoas, ou seja, mais de dois terços da humanidade, ainda estão por serem evangelizadas. Causa-nos vergonha ver tanta gente esquecida; continua sendo uma reprimenda para nós e para toda a igreja. Existe agora, entretanto, em muitas partes do mundo, uma receptividade sem precedentes ao Senhor Jesus Cristo. Estamos convencidos de que esta é a ocasião para que as igrejas e as instituições para-eclesiásticas orem com seriedade pela salvação dos não-alcançados e se lancem em novos esforços para realizarem a evangelização mundial. A redução de missionários estrangeiros e de dinheiro num país evangelizado algumas vezes talvez seja necessária para facilitar o crescimento da igreja nacional em autonomia, e para liberar recursos para áreas ainda não evangelizadas. Deve haver um fluxo cada vez mais livre de missionários entre os seis continentes num espírito de abnegação e prontidão em servir. O alvo deve ser o de conseguir por todos os meios possíveis e no menor espaço de tempo, que toda pessoa tenha a oportunidade de ouvir, de compreender e de receber as boas novas. Não podemos esperar atingir esse alvo sem sacrifício. Todos nós estamos chocados com a pobreza de milhões de pessoas, e conturbados pelas injustiças que a provocam. Aqueles dentre nós que vivem em meio à opulência aceitam como obrigação sua desenvolver um estilo de vida simples a fim de contribuir mais generosamente tanto para aliviar os necessitados como para a evangelização deles.

10. Evangelização e cultura

O desenvolvimento de estratégias para a evangelização mundial requer metodologia nova e criativa. Com a bênção de Deus, o resultado será o surgimento de igrejas profundamente enraizadas em Cristo e estreitamente relacionadas com a cultura local. A cultura deve sempre ser julgada e provada pelas Escrituras. Porque o homem é criatura de Deus, parte de sua cultura é rica em beleza e em bondade; porque ele experimentou a queda, toda a sua cultura está manchada pelo pecado, e parte dela é demoníaca. O evangelho não pressupõe a superioridade de uma cultura sobre a outra, mas avalia todas elas segundo o seu próprio critério de verdade e justiça, e insiste na aceitação de valores morais absolutos, em todas as culturas. As missões, muitas vezes têm exportado, juntamente com o evangelho, uma cultura estranha, e as igrejas, por vezes, têm ficado submissas aos ditames de uma determinada cultura, em vez de às Escrituras. Os evangelistas de Cristo têm de, humildemente, procurar esvaziar-se de tudo, exceto de sua autenticidade pessoal, a fim de se tornarem servos dos outros, e as igrejas têm de procurar transformar e enriquecer a cultura; tudo para a glória de Deus.

11. Educação e liderança

Confessamos que às vezes temos nos empenhado em conseguir o crescimento numérico da igreja em detrimento do espiritual, divorciando a evangelização da edificação dos crentes. Também reconhecemos que algumas de nossas missões têm sido muito remissas em treinar e incentivar líderes nacionais a assumirem suas justas responsabilidades. Contudo, apoiamos integralmente os princípios que regem a formação de uma igreja de fato nacional, e ardentemente desejamos que toda a igreja tenha líderes nacionais que manifestem um estilo cristão de liderança não em termos de domínio, mas de serviço. Reconhecemos que há uma grande necessidade de desenvolver a educação teológica, especialmente para líderes eclesiáticos. Em toda nação e em toda cultura deve haver um eficiente programa de treinamento para pastores e leigos em doutrina, em discipulado, em evangelização, em edificação e em serviço. Este treinamento não deve depender de uma metodologia estereotipada, mas deve se desenvolver a partir de iniciativas locais criativas, de acordo com os padrões bíblicos.

12. Conflito espiritual

Cremos que estamos empenhados num permanente conflito espiritual com os principados e potestades do mal, que querem destruir a igreja e frustrar sua tarefa de evangelização mundial. Sabemos da necessidade de nos revestirmos da armadura de Deus e combater esta batalha com as armas espirituais da verdade e da oração. Pois percebemos a atividade no nosso inimigo, não somente nas falsas ideologias fora da igreja, mas também dentro dela em falsos evangelhos que torcem as Escrituras e colocam o homem no lugar de Deus. Precisamos tanto de vigilância como de discernimento para salvaguardar o evangelho bíblico. Reconhecemos que nós mesmos não somos imunes ao perigo de capitularmos ao secularismo. Por exemplo, embora tendo à nossa disposição pesquisas bem preparadas, valiosas, sobre o crescimento da igreja, tanto no sentido numérico como espiritual, às vezes não as temos utilizado. Por outro lado, por vezes tem acontecido que, na ânsia de conseguir resultados para o evangelho, temos comprometido a nossa mensagem, temos manipulado os nossos ouvintes com técnicas de pressão, e temos estado excessivamente preocupados com as estatísticas, e até mesmo utilizando-as de forma desonesta. A igreja tem que estar no mundo; o mundo não tem que estar na igreja.

13. Liberdade e perseguição

É dever de toda nação, dever que foi estabelecido por Deus, assegurar condições de paz, de justiça e de liberdade em que a igreja possa obedecer a Deus, servir a Cristo Senhor e pregar o evangelho sem impedimentos. Portanto, oramos pelos líderes das nações e com eles instamos para que garantam a liberdade de pensamento e de consciência, e a liberdade de praticar e propagar a religião, de acordo com a vontade de Deus, e com o que vem expresso na Declaração Universal do Direitos Humanos. Também expressamos nossa profunda preocupação com todos os que foram injustamente encarcerados, especialmente com nossos irmãos que estão sofrendo por causa do seu testemunho do Senhor Jesus. Prometemos orar e trabalhar pela libertação deles. Ao mesmo tempo, recusamo-nos a ser intimidados por sua situação. Com a ajuda de Deus, nós também procuraremos nos opor a toda injustiça e permanecer fiéis ao evangelho, seja a que custo for. Não nos esqueçamos de que Jesus nos previniu de que a perseguição é inevitável.

14. O poder do Espírito Santo

Cremos no poder do Espírito Santo. O pai enviou o seu Espírito para dar testemunho do seu Filho. Sem o testemunho dele o nosso seria em vão. Convicção de pecado, fé em Cristo, novo nascimento cristão, é tudo obra dele. De mais a mais, o Espírito Santo é um Espírito missionário, de maneira que a evangelização deve surgir espontaneamente numa igreja cheia do Espírito. A igreja que não é missionária contradiz a si mesma e debela o Espírito. A evangelização mundial só se tornará realidade quando o Espírito renovar a igreja na verdade, na sabedoria, na fé, na santidade, no amor e no poder. Portanto, instamos com todos os cristãos para que orem pedindo pela visita do soberano Espírito de Deus, a fim de que o seu fruto todo apareça em todo o seu povo, e que todos os seus dons enriqueçam o corpo de Cristo. Só então a igreja inteira se tornará um instrumento adequado em Suas mãos, para que toda a terra ouça a Sua voz.

15. O retorno de Cristo

Cremos que Jesus Cristo voltará pessoal e visivelmente, em poder e glória, para consumar a salvação e o juízo. Esta promessa de sua vinda é um estímulo ainda maior à evangelização, pois lembramo-nos de que ele disse que o evangelho deve ser primeiramente pregado a todas as nações. Acreditamos que o período que vai desde a ascensão de Cristo até o seu retorno será preenchido com a missão do povo de Deus, que não pode parar esta obra antes do Fim. Também nos lembramos da sua advertência de que falsos cristos e falsos profetas apareceriam como precursores do Anticristo. Portanto, rejeitamos como sendo apenas um sonho da vaidade humana a idéia de que o homem possa algum dia construir uma utopia na terra. A nossa confiança cristã é a de que Deus aperfeiçoará o seu reino, e aguardamos ansiosamente esse dia, e o novo céu e a nova terra em que a justiça habitará e Deus reinará para sempre. Enquanto isso, rededicamo-nos ao serviço de Cristo e dos homens em alegre submissão à sua autoridade sobre a totalidade de nossas vidas.

Conclusão

Portanto, à luz desta nossa fé e resolução, firmamos um pacto solene com Deus, bem como uns com os outros, de orar, planejar e trabalhar juntos pela evangelização de todo o mundo. Instamos com outros para que se juntem a nós. Que Deus nos ajude por sua graça e para a sua glória a sermos fiéis a este Pacto! Amém. Aleluia!

´´ TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO´´

A Teologia da Libertação foi apresentada em 1968 na segunda conferência latino-americano dos Bispos que se encontravam em Medellín, Colômbia. A idéia era estudar a Bíblia e lutar por justiça social nas comunidades cristãs, nivelando-as aos mais bem sucedidos naquela e noutras sociedades. O projeto de redistribuição das riquezas para melhorar os padrões econômicos dos pobres na América do Sul, tomou a cor e o sabor pragmático do Marxismo. Em consequência de seus ensinamentos marxistas-leninistas, a teologia da libertação, como praticada pelos bispos e padres de América do Sul, foi criticada nos anos 80 pela própria hierarquia da Igreja Católica Apostólica Romana. Os superiores dessa Igreja acusou os teólogos da libertação e justiça social em suportar as violentas revoltas e lutas de classes marxistas naquele hemisfério. Essa perversão, com tônica teológica e espiritualista, foi geralmente o resultado de uma ferrenha oposição e defesa dos humanistas seculares internacionais, como Leonardo Boff, do Brasil; Jon Sobrino, de El Salvador e Gustavo Gutiérrez, do Peru. Todos eles labutaram com o sobre-tudo da religião, ancorados, porém, na filosofia revolucionária de Karl Max, da antiga União Soviética!

Entretanto, a igreja primitiva e a contemporânea, seguiu, e segue firme nos passos e ensinamentos de Jesus Cristo, em cuidar dos domésticos da fé, numa atitude liberal, porém jamais institucionalizada ou desconstruida. Na afirmação correta de Jesus sobre “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus.” (Mt 22.21), ele reconheceu os dois governos distintos: o Reino de Deus — a igreja de Jesus Cristo, e o reino deste mundo — o estado secular. Para os Israelitas, a “justiça social” era liberal e pessoal — “Semelhantemente não rabiscarás a tua vinha, nem colherás os bagos caídos da tua vinha; deixá-los-ás ao pobre e ao estrangeiro” (Lv 19.10). Infelizmente, pela intrusão do pecado no mundo, os valores morais e sociobiológicos da criação foram deteriorados. Como resultado, jamais haverá perfeita igualdade social entre os homens. Sempre houve, e sempre haverá, o bem e mau sucedido — “pois nunca cessará o pobre do meio da terra;” (Dt 15.11).

Para a igreja, entretanto, a “justiça social” vai além de uma instrução institucionalizada; ela sai dos corações piedosos dos crentes que, dando tudo, como no caso de Barnabé, natural de Chipre, que “possuindo uma herdade, vendeu-a, e trouxe o preço, e o depositou-a aos pés dos apóstolos” (At 4.37); ou entregando apenas uma parte, como no caso de Ananias, o qual mereceu a pronta exortação de Pedro sobre a liberdade de reter ou entregar, pois, “Guardando-a, não ficava para ti” (At 5.4). Por longos anos a Igreja Assembléia de Deus no Brasil, e outras tradicionais denominações, têm utilizado essa prática bíblica de ajudar aos domésticos da fé, na manutenção de asilos, orfanatos, casa de recuperação, cestas básicas e auxílio às viúvas e desamparados — “não havia, pois, entre eles necessitados algum.” (At 4.34). Enquanto, ao mesmo tempo, seus membros contribuem com seus variados impostos para que o governo secular providencie benefícios sociais para a sua população menos favorecidas. Nenhuma criança deve ser privada de escola e todo jovem deve ter direito à universidade. Melhor situação econômica para todos é uma extrema necessidade.

Entretanto, não nos iludamos: o problema básico do ser humano não é pobreza ou ignorância. Nossa moeda tem duas faces: Igreja e Estado! Himmler, assessor de Hitler era doutor em Filosofia. Os fétidos experimentos nazistas em mulheres grávidas foram feitos por médicos. As câmaras de gás foram construídas por engenheiros. O problema básico do ser humano, mesmo desagradando aos humanistas, é o pecado. "Eis que eu nasci em iniquidade e em pecado me concebeu minha mãe" (Sl 51:5). Um Adão caído gerou um filho "à sua semelhança, conforme a sua imagem" (Gn 5.3). Caído, separado do Criador! Educação, assistência social, distribuição de renda e saúde são bandeiras válidas e necessárias para a sociedade. Mas a maior necessidade do homem de hoje é a mesma de sempre: arrependimento do pecado e mudança de vida. O novo mundo não virá pela ressonante educação ou justiça social revolucionária, mas pela conversão: "Se alguém está em Cristo, nova criação é; as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo" (2 Co 5.17). Esta é a maior necessidade do homem: mudança em Cristo!

A linguagem, justiça social, teologia da libertação e teologia negra utilizada convenientemente em algumas tribunas evangélicas, e pelos representantes políticos das nações, é economicamente marxista, e politicamente comunista; não cabendo, portanto, sequer ser mencionada no seio da igreja santa de Nosso Senhor Jesus Cristo, “pois o meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.” (Fp 4.19). A filosofia vegetativa e humanística de Karl Marx, Vladimir Lênin, Adolfo Hitler, Benito Mussolini e outros da galeria dos pagãos ateus desta sociedade em decadência, não podem servir de orientação para o povo de Deus. Exceto, obviamente, para a igreja pós-moderna e emergente, plataforma progressiva religiosa do Anticristo!

´´95 TESES DE LUTERO´´

95 Teses de Lutero

Debate para o esclarecimento do valor das indulgências

Por amor à verdade e no empenho de elucidá-la, discutir-se-á o seguinte em Wittenberg, sob a presidência do reverendo padre Martinho Lutero, mestre de Artes e de Santa Teologia e professor catedrático desta última, naquela localidade. Por esta razão, ele solicita que os que não puderem estar presentes e debater conosco oralmente o façam por escrito, mesmo que ausentes. Em nome do nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.




Martinho Lutero

Lutero e a Reforma
Martinho Lutero
foi o responsável
pelo início da
Reforma.



1. Ao dizer: "Fazei penitência", etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e
Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.

2. Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo
ministério dos sacerdotes).

3. No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior;
sim, a penitência interior seria nula, se, externamente, não
produzisse toda sorte de mortificação da carne.

4. Por conseqüência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de
si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.

5. O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.

6. O papa não pode remitir culpa alguma senão declarando e confirmando que ela foi perdoada por Deus, ou, sem dúvida, remitindo-a nos casos reservados para si; se estes forem desprezados, a culpa permanecerá por inteiro.

7. Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.

8. Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.

9. Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.

10. Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.

11. Essa erva daninha de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.

12. Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.

13. Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.

14. Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais, quanto menor for o amor.

15. Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.

16. Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança.

17. Parece desnecessário, para as almas no purgatório, que o horror diminua na medida em que cresce o amor.

18. Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontram fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.

19. Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas,
mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza.

20. Portanto, sob remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.

21. Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam
que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências
do papa.

22. Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma
única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.

23. Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a
alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.

24. Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.

25. O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.

26. O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão.

27. Pregam doutrina humana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].

28. Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, podem aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.

29. E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas? Dizem que este não foi o caso com S. Severino e S. Pascoal.

30. Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão.

31. Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo.

32. Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.

33. Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Deus.

34. Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos.

35. Não pregam cristãmente os que ensinam não ser necessária a contrição àqueles que querem resgatar ou adquirir breves confessionais.

36. Qualquer cristão verdadeiramente arrependido tem direito à remissão pela de pena e culpa, mesmo sem carta de indulgência.

37. Qualquer cristão verdadeiro, seja vivo, seja morto, tem participação em todos os bens de Cristo e da Igreja, por dádiva de Deus, mesmo sem carta de indulgência.

38. Mesmo assim, a remissão e participação do papa de forma alguma devem ser desprezadas, porque (como disse) constituem declaração do perdão divino.

39. Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar perante o povo ao mesmo tempo, a liberdade das indulgências e a verdadeira contrição.

40. A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, pelo menos dando ocasião para tanto.

41. Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor.

42. Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.

43. Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências.

44. Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas apenas mais livre da pena.

45. Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.

46. Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência.

47. Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.

48. Deve-se ensinar aos cristãos que, ao conceder indulgências, o papa, assim como mais necessita, da mesma forma mais deseja uma oração devota a seu favor do que o dinheiro que se está pronto a pagar.

49. Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.

50. Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.

51. Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto - como é seu dever - a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extraem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro.

52. Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.

53. São inimigos de Cristo e do papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.

54. Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.

55. A atitude do papa é necessariamente esta: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, procissões e cerimônias.

56. Os tesouros da Igreja, dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.

57. É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam.

58. Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior.

59. S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época.

60. É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que lhe foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem este tesouro.

61. Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos, o poder do papa por si só é suficiente.

62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.

63. Este tesouro, entretanto, é o mais odiado, e com razão, porque faz com que os primeiros sejam os últimos.

64. Em contrapartida, o tesouro das indulgências é o mais benquisto, e com razão, pois faz dos últimos os primeiros.

65. Por esta razão, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.

66. Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.

67. As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tal, na medida em que dão boa renda.

68. Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade na cruz.

69. Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências apostólicas.

70. Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbido pelo papa.

71. Seja excomungado e maldito quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.

72. Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.

73. Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,

74. muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram defraudar a santa caridade e verdade.

75. A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes ao ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura.

76. Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados veniais no que se refere à sua culpa.

77. A afirmação de que nem mesmo S. Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o papa.

78. Afirmamos, ao contrário, que também este, assim como qualquer papa, tem graças maiores, quais sejam, o Evangelho, os poderes, os dons de curar, etc., como está escrito em 1 Co 12.

79. É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insignemente erguida, equivale à cruz de Cristo.

80. Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes conversas sejam difundidas entre o povo.

81. Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil, nem para os homens doutos, defender a dignidade do papa contra calúnias ou perguntas, sem dúvida argutas, dos leigos.

82. Por exemplo: por que o papa não evacua o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas - o que seria a mais justa de todas as causas -, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica - que é uma causa tão insignificante?

83. Do mesmo modo: por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?

84. Do mesmo modo: que nova piedade de Deus e do papa é essa: por causa do dinheiro, permitem ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, porém não a redimem por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta, por amor gratuito?

85. Do mesmo modo: por que os cânones penitenciais - de fato e por desuso já há muito revogados e mortos - ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?

86. Do mesmo modo: por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos mais ricos Crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?

87. Do mesmo modo: o que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à remissão e participação plenária?

88. Do mesmo modo: que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse essas remissões e participações 100 vezes ao dia a qualquer dos fiéis?

89. Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?

90. Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos.

91. Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.

92. Fora, pois, com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo: "Paz, paz!" sem que haja paz!

93. Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo: "Cruz! Cruz!" sem que haja cruz!

94. Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das penas, da morte e do inferno;

95. e, assim, a que confiem que entrarão no céu antes através de muitas tribulações do que pela segurança da paz.

1517 A.D

´´ SE CRISTO LEVOU NOSSAS ENFERMIDADES,PORQUE ADOECEMOS ?

Se Cristo levou nossas enfermidades, por que adoecemos?
Não é bem assim. Sei que muitos cristãos acreditam que, na cruz, Cristo tenha levado nossas enfermidades e, por esta razão, só adoece quem não tem fé. Será que é isso? Vamos ver.

O versículo citado está em Isaías: "Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido". Isaías 53:4 Como o capítulo fala bastante do calvário, pode dar a impressão que Ele tenha eliminado lá todas as enfermidades.

É preciso entender que Isaías foi um profeta e estava, portanto, profetizando algo relacionado ao povo de Israel (os profetas do Antigo Testamento não profetizavam a respeito da Igreja, pois até para eles era um mistério que só seria revelado depois ao apóstolo Paulo).

Assim, se perguntarmos à Palavra de Deus quando foi que se cumpriu a profecia de Isaías sobre as enfermidades do povo, a resposta que o Novo Testamento nos dá é que foi na ocasião descrita em Mt 8:17, e não na cruz.

"Então disse Jesus ao centurião: Vai, e como creste te seja feito. E naquela mesma hora o seu criado sarou. E Jesus, entrando em casa de Pedro, viu a sogra deste acamada, e com febre. E tocou-lhe na mão, e a febre a deixou; e levantou-se, e serviu-os. E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele com a sua palavra expulsou deles os espíritos, e curou todos os que estavam enfermos; para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças". Mateus 8

O texto está dizendo que ele curava as pessoas enquanto estava aqui para que se cumprisse o que profetizara Isaías. O cumprimento da profecia foi em sua relação com o povo de Israel e não em sua morte na cruz.

O problema que acontece com esta e outras passagens da Bíblia é que doutrinas são criadas e depois versículos são escolhidos para ampará-las. E quando alguém mostra a simplicidade da Palavra, respondendo claramente, parece estranho, pois acabará indo contra compêndios e compêndios de dogmas que não passam de distorções da Palavra de Deus.

Na cruz o Senhor levou os nossos pecados. Enfermidades não são pecados, mas conseqüências do pecado que herdamos de Adão. Paulo era enfermo, Timóteo tinha uma doença no estômago e nem todos os crentes morriam de velhice. Somos salvos, mas ainda vivemos em um corpo que está arruinado por causa do pecado e que adoece, independente da fé e da perseverança da pessoa.

Aguardamos um corpo novo, sem pecado, e aí sim não teremos enfermidades. Dizer que o cristão não está mais sujeito à doença é asseverar que a ressurreição já ocorreu, pois isso só pode acontecer com um corpo perfeito, que não envelhece e não morre. Essa doutrina já existia no primeiro século da Igreja e foi citada por Paulo na segunda carta a Timóteo.

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P.S. Respondendo a dúvidas e complementando este post:

Raciocine assim: Se nossos primeiros avós (Adão e Eva) tivessem obedecido a Deus, estaríamos hoje desfrutando dos benefícios disso sem nem mesmo termos participado daquela decisão. O inverso também é verdadeiro.

Quando você assina um contrato de compra e venda imóvel, por exemplo, no final há uma cláusula que diz. "...obrigando-se as partes contratantes, por si, seus herdeiros e sucessores..." Ou seja, os herdeiros acabam ficando sob o compromisso de seus pais.

Da mesma forma, se um parente seu falecer e deixar uma herança, você a recebe sem ter feito coisa alguma para merecê-la. O que aconteceu com o pecado é semelhante. Recebemos como herança e o que fizemos com essa herança? Nós a utilizamos (ou será que você nunca pecou?).

Mas você não pode dizer que Deus seja injusto, porque o que Ele fez foi muito além do que poderíamos esperar. Para não deixar que o ser humano sofresse as consequências judiciais do pecado (ser condenado no lago de fogo), Ele providenciou um substituto, Jesus, para morrer no lugar do pecador, assumindo a culpa por nossos pecados. Assim Deus agora pode salvar aquele que crê em Jesus.

Quanto ao estrago que já foi feito (o fato de nascermos com doenças etc.), isso não muda, do mesmo modo como não muda a saúde de um alcoólatra que se converte. Seu corpo continuará trazendo as marcas de seu vício. Assim, nosso corpo continuará trazendo as marcas do pecado (doença, dor, morte) até que seja transformado em um corpo novo e imortal.

A pergunta agora não é querer saber se isso tudo é justo ou injusto. A pergunta é: você já aceitou o remédio que Deus preparou para sua eternidade?

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Deus continua curando e devemos continuar orando por isso. Mas a cura não ocorre com base na falsa premissa de que Ele tenha levado todas as nossas doenças e que o cristão não precisa mais ficar doente, como pregam alguns. Também não ocorre no mesmo caráter que encontramos nos Evangelhos ou em Atos, quando Deus estava fazendo algo novo e procurando convencer os judeus, "que pedem sinais" 1 Co 1. Hoje não precisamos mais de sinais ("os gregos buscam sabedoria"), pois todo o conselho de Deus já foi revelado em Sua Palavra, algo que os primeiros cristãos não tinham como a temos hoje (eles dependiam dos profetas do início da igreja, e dos apóstolos, para saber o que Deus queria deles).

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Não, pelo contrário. O cristão não é do mundo, apenas está no mundo como estrangeiro, de passagem. Não tem nada que reinar aqui, pois quem agora reina aqui é Satanás. "Já não falarei muito convosco, porque se aproxima o príncipe deste mundo, e nada tem em mim;" Jo 14:30. Também não foi prometido prosperidade para o cristão aqui. "no mundo tereis aflições... Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes". Jo 16:33; 1 Timóteo 6:8

Ao colocar a cura dependente da fé da pessoa e associar a isso a idéia de que o cristão não adoece, é lançado um fardo terrível sobre o cristão que crê, tem fé, porém está doente mesmo assim. Isso é não entender que a cura, como sinal indubitável de Deus, teve seu lugar principalmente para uma geração que precisava ser convencida de que Deus estava começando algo novo. "Os judeus pedem sinal..." 1 Co 1.

A idéia de que Cristo vive em mim é correta, mas não como alguns tentam colocá-la. Por meio do Espírito Santo de Deus Cristo vive em mim, porém minha carne, a velha natureza, continua em mim também. Caso contrário não haveria necessidade de exortações como as que encontramos nas cartas, pois o crente seria então perfeito. Essa doutrina já foi, de certa forma, ensinada por dois homens chamados Himeneu e Fileto, citados por Paulo em 2 Timóteo 2. Afirmar que o cristão não adoece mais seria afirmar que ele não está mais neste corpo corruptível, o que é o mesmo que dizer que a ressurreição já ocorreu na conversão.

Quem disse que a doença é a ausência de Deus no corpo do enfermo não leu que Paulo era provavelmente um homem enfermo por algumas coisas que diz em suas cartas, que Timóteo tinha uma enfermidade no estômago, razão pela qual Paulo aconselha que tome vinho com água, e que Trófimo não pode acompanhar Paulo por causa de doença (por que Paulo não o curou?): "Erasto ficou em Corinto, e deixei Trófimo doente em Mileto". 2 Timóteo 4:20

Não, é um engano dizer que o cristão tem autoridade sobre tudo o que acontece em sua vida. Ele não tem qualquer autoridade fora da vontade de Deus, e Deus tem também seus planos quando permite que um cristão adoeça e até mesmo morra. Ou será que não morremos mais? Não é aqui que aguardamos a realização de todas as promessas de Deus, mas em Cristo, quando Ele vier para nos buscar.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

´´ DOUTRINAS NEO-PENTECOSTAIS

Doutrinas Neo-Pentecostais


A partir dos anos 70, surgiu um movimento considerado como neo-pentecostalismo. Este movimento se originou a partir de denominações históricas, tais como: a Igreja Presbiteriana Renovada, em 1975; as Igrejas Pentecostais Livres: Sinais e Prodígios, fundada em 1970, e Socorrista, em 1973; as Igrejas com pouca estrutura eclesiástica, como a Igreja Universal do Reino de Deus, fundada em 1977; e os Pentecostais Carismáticos, Renovação Carismática, originária da Igreja Católica Romana, fundadas em 1967. Outras mais têm aderido ao movimento, entretanto, depois de aferir seus conteúdos doutrinários, têm abandonado sua prática e apoio.

Ultimamente, com essas doutrinas Neo-Pentecostais têm surgido muitas doutrinas paralelas, como a chamada Confissão Positiva (Evangelho da Saúde e da Prosperidade, Quebra de Maldições, Maldições Hereditárias, Maldição de Família e Pecado de Geração); pregada por avivalistas em acampamentos cristãos, em congressos, em escolas bíblicas de férias e na televisão; e por mentores católicos carismáticos no exercício do Toque do Tom, da Cura Diferencial e do Exorcismo. Todos estes, evangélicos ou não, sem nenhuma consulta à exegese bíblica ou alicerces e filtro teológico, ensinam sempre sob a orientação filosófica de seu pai, Essek William Kenyon e de seus principais porta-vozes, Kenneth Hagin, Marilyn Hickey, Kenneth Copeland, Robert Schüller, Benny Hinn, Jorge Tadeu, Joyce Meyers e Valnice Milhomens.

Espero que todos que leiam este pequeno opúsculo, tenham a certeza que estamos procurando defender, com muita submissão, os valores do Evangelho e a imaculada Igreja de Nosso Senhor Jesus, para a qual fomos chamados a cuidar. Muitos obreiros e ministérios são envolvidos em assuntos aparentemente simples, como os abaixo abordados, pensando estar fazendo o melhor para Deus, quando na verdade estão sendo instrumentos para erosão perniciosa contra a vida espiritual da Igreja! E ainda lembremo-nos, um sinal sempre será também sinal para incrédulos! Em toda a história, homens e mulheres no decorrer de sua incansável procura por um toque religioso, sempre buscaram um sinal e uma materialização do imaterial. Jesus rotulou essa multidão que andava à vândalo de um lado para o outro, em busca de uma experiência, e algo novo e diferente, de multidão má e incrédula -- "Mestre, quiséramos ver da tua parte algum sinal. Mas ele lhes respondeu, e disse: uma geração má e adúltera pede um sinal" (Mt 12:38,39). Concluindo, o homem vem a este mundo e passa por quatro diferentes fases: vida estética, vida ética, vida religiosa e vida de fé; se lograr chegar na última será um crente vitorioso, um homem de fé!

Logos e Rhema

Os apologistas da confissão positiva fazem um "cavalo de batalha" sobre os termos gregos Logos (Logos) e rhema (rema) que significam palavra, dizendo que há uma distinção teológica entre eles no sentido de que Logos é a Palavra escrita, revelada de Deus, e que rhema é a palavra dita, expressa de Deus, que faz com que as coisas sejam realizadas. Desta forma, eles afirmam que podemos usar a palavra rhema para realizarmos no mundo espiritual e físico aquilo que desejamos, como se ela fosse uma varinha mágica.

Entretanto, na Palavra de Deus não há uma distinção fundamental teológica entre estes dois termos. Todo estudante da teologia sabe que os nomes sempre aparecem na Bíblia para designar uma função ou estado de um ser ou objeto. Por exemplo: o nome Jeová é o designativo da Divindade quando foi manifestada no tempo para a redenção de Israel; e El-Shadai para suprir a necessidade do povo a fim de que a promessa feita a Abraão fosse cumprida na sua plenitude (Êxodo 6:3). E quanto à ênfase dada por Jesus, "em meu nome expulsarão os demônios", nunca quis ele dizer que seria no poder do nome em si, mas na autoridade da pessoa que o nome se refere, Jesus Cristo! A ênfase de Pedro (apologia feita quanto à fórmula do batismo nas águas, na Teologia dos Três Batismos, da Paracletologia), no capítulo dois, e versículo 38 de Atos dos Apóstolos:"e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo", não contradiz o mandamento do Senhor, "batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo". Na Bíblia Sagrada, nome é o símbolo de autoridade. A sentença grega epi to onomati Iesou Christou "em nome de Jesus Cristo", explicita que o batismo deve ser feito na autoridade do nome de Jesus. A preposição grega epi (epi) - em nome, de Atos 8:38; a en (en) - no nome, de Atos 10:48 e eis (eis) - pelo nome, implica autoridade proprietária e direta legada à uma pessoa! Portanto, acrescentar valores superbos aos nomes mais do que às pessoas que eles representam, seria fabricar uma doutrina panteísta!

Russel Shedd afirmou que Pedro não fez distinção sobre estes termos em sua primeira carta, capítulo 1:23-25: "Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra (Logos) de Deus, viva que permanece para sempre. Porque toda a carne é como a erva, e toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor; Mas a palavra (rhema) do Senhor permanece para sempre; e esta é a palavra (rhema) que entre vós foi evangelizada". Como podemos ver, na mente do apóstolo não havia distinção entre estas palavras. Sendo assim fica desfeita a pretensão daqueles que querem forçar uma interpretação e aplicação errônea destes termos.

Doutrina da Prosperidade

Afirmam os pregadores da confissão positiva que a prosperidade financeira é uma prova de fidelidade do crente à Deus. Dizem, por exemplo, que o ministério de Jesus era muito rico, por isso é que tinha um tesoureiro. Dizem, ainda, que a pobreza é o ápice da maldição do homem. É claro que devemos evitar quaisquer extremos: a Doutrina da Prosperidade e a Doutrina da Miserabilidade. A prosperidade bíblica é verdadeira, e para Deus, ser próspero significa ter todas as necessidades supridas (Salmos 1:3), e não ser, especificamente, abastado. Jesus não era rico materialmente; vejamos o que ele disse de si mesmo quando um escriba intentou lhe seguir: "...as raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça" -- e esta não é uma metáfora, mas sim, uma linguagem cultural bíblica -- aqui raposa é raposa, e ave é ave (Mateus 8:20). Quando Jesus quis se referir ao Governo Romano ele utilizou uma linguagem política, quando disse: "Dai pois a César o que é de César..." (Mateus 22:21)!

Doutra feita, Pedro chegou perto de Jesus e disse que lhe estavam cobrando os impostos. Jesus, então, mandou Pedro pescar um peixe e tirar uma moeda de sua boca para pagar o tributo (Mateus 17:24-27). Vejam que Jesus não tinha em seu poder sequer uma moeda. Não podemos, porém, no sentido de contra-atacar a doutrina da prosperidade, pregar a comiseração — artéria veicular e histórica da indulgência católica romana, induzindo que o Senhor se apraz em que sejamos pobres, necessitados e dependentes. Afirmando, ainda, que ele veio unicamente para os pobres: “os cegos vêm, os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o Evangelho” (Mateus 11:5).

Paulo disse: "sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que pela sua pobreza enriquecêsseis"(2 Coríntios 8:9)."O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus"(Filipenses 4:19).

Pedro e João disseram: "E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou.” (Atos 3:6)

Davi disse: "Fui moço, e agora sou velho mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão"(Salmos 37:25).

Jesus disse: "Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; Mas, buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Mateus 6:31-33).

Onde houver necessidade Deus pode mudar dias, transplantar órgãos e fazer da água vinho! Ele é soberano. Porém, lembremo-nos, sempre onde houver necessidade, porque Deus não espolia os seus bens. Somente o ladrão é que veio para roubar, matar e destruir, oferecer e pôr no lixo aquilo que a ele não pertence, aquilo que foi usurpado: "e disse-lhe: tudo isto eu te darei, se prostrado me adorares" (Mt 4:9). Note bem este fato meu caro irmão: se algum abastado recebeu um dente de ouro, o qual livremente poderia obtê-lo num dentista, sem dúvida alguma, não foi Deus, foi o Usurpador! Esse dente logo vai apagar seu brilho; aquela prosperidade logo vai sair pela próxima abertura do saco furado do explorador de bens dos incautos; aquela sensação de levitação pela queda do poder logo vai transformar-se numa contínua dependência psíquica-espiritual e, se não liberto dela, imediatamente numa opressão diabólica; aquela paralisia vai voltar acompanhada de um agudo glaucoma! A velha serpente não tem nem para si, muito menos para os servos de Deus! Em nome de Jesus, acordemos enquanto é dia; vejamos as coisas com uma óptica genuinamente do Espírito!

Como já disse, os dois extremos devem ser rejeitados. A verdadeira doutrina da prosperidade é a bíblica que, em síntese, diz que temos todas as nossas necessidades supridas: “o meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.” (Colossenses 4:19) -- José de Arimatéia, um abastado político, pôde sentar no mesmo banco de primeira fila da congregação de Betânia, com Pedro, um rude e pobre pescador!

Quebra de Maldições

Os pregadores da Confissão Positiva afirmam que um indivíduo que tenha problemas com adultério, álcool, pornografia, câncer e AIDS, os tem porque ele herdou de algum antepassado que teve problemas nestas áreas. Sendo assim, o antepassado passou aquela maldição, como que por “genes espirituais” para seus descendentes. Por isso, continuam eles, o descendente deve pedir ajuda ao Espírito Santo para lhe revelar em quem a maldição teve início, para pedir perdão pelo antepassado, e a maldição ser quebrada. Imagine só! Estão ou não estão, os avivalistas de colarinho clerical evangélico, à guisa de uma barata mercantilização, trazendo para o seio do cristianismo imáculo a prática hedionda do Budismo, do Xintoísmo, do Hinduísmo e do Espiritismo? Ou o espírito da diabólica doutrina do batismo pelos mortos, cerne da profissão de fé dos mórmons, não está sendo praticada nas reuniões carismáticas; e a evocação de espíritos estranhos nas de desmaio, de gritarias estéricas, de arrebatamentos, de levitação de muitos avivalistas?

Estamos embebendo o cristianismo num sincretismo religioso letal. As atitudes, as relíquias e as substâncias têm assumido um papel tão importante à fé cristã atual, que os cristãos quase não podem mais viver sem eles. Convivemos com amuletos e superstições infindáveis, braço direito da Maldição Hereditária! E, amuleto, é uma figura, medalha ou qualquer objeto portátil, qualquer coisa a que supersticiosamente se atribui, direta ou indiretamente, virtude sobrenatural para livrar seu portador de males materiais e espirituais, e para propiciar benefícios nessas áreas. Ao aceitarmos o senhorio de Jesus, recebemos o Espírito Santo (1Co 6.19 Ef 1.13); nossos pecados são perdoados (Atos 10.43; Rm 4.6-8); somos recebidos como filhos de Deus (Jo 1.12); se somos filhos, logo somos também herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo (Rm 8.17); passamos da morte espiritual para a vida espiritual (1 Jo 3.14); somos novas criaturas (2 Co 5.17); o diabo se afasta e não nos toca (Tg 4.7; 1 Jo 5.18); não estamos mais sujeitos às maldições (Jo 8.32,36); podemos usar o nome de Jesus para curar enfermos e expulsar demônios (Mc 16.17-18); a salvação nos leva a um relacionamento pessoal com nosso Pai e com Jesus como Senhor e Salvador (Mt 6.9; Jo 14.18-23); estamos livres da ira vindoura (Rm 5.91 Ts 1.10). Em razão disso, somente o retorno voluntário ao pecado poderá alterar a nossa situação diante de Deus. O uso de qualquer objeto, seja no corpo, seja em nossa casa, não melhora em nada a nossa condição de filho, de herdeiro, de abençoado, de isento das investidas do diabo. Objetos não expulsam demônios, não quebram maldições, não substituem o poderoso nome de Jesus. O uso de amuletos evidencia não uma atitude de fé, mas de muita falta de fé. Deus não opera por esse meio, sejam cordões, pulseiras, pirâmides, cristais, velas, lenços, fotografias ou qualquer outro produto.

O texto bíblico mais utilizado pelos propagadores desta doutrina é o de Êxodo 20:4-6, onde Moisés escreveu sobre o mandamento que condena a prática da idolatria. Entretanto, numa simples análise hermenêutica, este texto fala de idolatria e não de adultério, câncer, AIDS, ou qualquer outra enfermidade, tão pouco oferece alguma base para a doutrina de transmissão hereditária de maldições. Se tivéssemos de aceitar o fenômeno transmigratório espírita, seria muito mais razoável endossar a transmissão e duplicação de caráter pela sócio-biogenética tão debatidos pelos humanistas seculares! Entretanto, e por outro lado, sabemos pela lei da semeadura estabelecida por Deus, que sempre quando quebramos os mandamentos do Senhor, somos amaldiçoados pelo pecado, mas sempre quando somos obedientes à Ele, somos agraciadamente livres de qualquer maldição! Estas verdades já foram preconizadas no Velho Testamento pelo Profeta Ezequiel quando afirmou: "...Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram... nunca mais direis este provérbio... Eis que todas as almas são minhas... a alma que pecar, essa morrerá" (Ez 18:2-4); "De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus"(Rm 14:12).

Movimento Gê-Doze

"Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo." (Efésios 4.14-15) O G-12 é um movimento de perfil neo-pentecostal que vem confundindo lideranças e membros de igrejas evangélicas, ao pregar e arrebanhar pessoas através de práticas esotéricas e para-psicológicas, tais como: cura interior, liberação de perdão divino, regressão psicológica, meditação transcendental e transmigração hereditária. O fundador do movimento foi César Castellanos Domínguez, pastor-fundador da Missão Carismática Internacional, cuja sede principal fica em Bogotá na Colômbia, e que segundo informações, possui 170 mil membros. A definição do termo G-12, vem das próprias palavras de Castellanos: “o princípio dos doze é um revolucionário modelo de liderança que consiste em que a cabeça de um ministério seleciona doze pessoas para reproduzir seu caráter e autoridade neles para desenvolver a visão da igreja, facilitando assim a multiplicação; essas doze pessoas selecionam a outras doze, e estas a outras doze, para fazer com elas o mesmo que o líder fez em suas vidas.”

O encontro que originalmente era uma Classe de Catecúmenos Intensiva, tornou-se, mais tarde, simplesmente numa estratégia de Castellanos para integrar novos convertidos à sua Missão, e, atualmente, uma ponte para a conquista migratória de adeptos para o seu movimento. Assim, o G-12 não é a alternativa final de Deus para a igreja, não é o mover do Espírito Santo nesses dias e nem os encontros um mero método originalmente bíblico discipulador. Com certeza, não! A síndrome presente nesse e em outros movimentos semelhantes é o desejo da construção de impérios pessoais ao invés de edificação do Reino de Deus. É a idolatria dos números; é a autolatria dos seus mentores; é a presunção egoísta incorporada em vez da paixão manifestada dos adeptos aos encontros! Jamais poderemos aceitar o princípio de que os fins justificam os meios, ou que o crescimento numérico, à revelia, e o alcance de todos os povos com o Evangelho da Graça, são prerrogativas para a Vinda de Cristo! Deus é soberano, e a Segunda Vinda de Cristo está sob seu eterno propósito!

Obviamente, olhando de relance e por uma óptica cosmológica, nada há de errado, pois este princípio já foi contemplado em 2 Tm 2:2 — "E o que de min, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros." O G-12 é apenas mais um modelo de discipulado, um programa de células a mais baseado no sucesso eclesial de Paul (David) Yonggi Cho, uma outra mania eclesiástica do século presente! Entretanto, o aspecto fundamental é o encontro em si, e a rutura da unidade da igreja. Aos encontros tem sido atribuído, por seus defensores, um caráter normativo, como se somente lá pudesse alguém se encontrar com Deus e ter a vida transformada. Em verdade a idéia mesmo é de um amadurecimento instantâneo, através do qual ocorrem a santificação, mudança e vocação instantânea do prosélito. Castellanos afirma: "O encontro é uma vivência genuína com Jesus Cristo, com a pessoa do Espírito Santo e com as Sagradas Escrituras, nos quais, mediante conferências, palestras, vídeos e práticas de introspecção se leva o novo convertido ao arrependimento, libertação de amarras e sanidade interior.

O propósito é fornecer orientação clara à luz das Sagradas Escrituras ao recém convertido acerca de seu passado, presente e futuro com Jesus Cristo, mediante ministrações a nível pessoal e em grupo, operando-se mudanças tão importantes durante os três dias, que assistir ao encontro, equivale a um ano de crescimento espiritual. Desta maneira, o novo é preparado para desenvolver uma relação íntima com o Senhor, facilitando-lhe a aprendizagem da oração, leitura da Palavra e o conhecimento da visão..." Essa afirmação revela que Castellanos e seus adéptos confundem o encontro com Cristo, na experiência da conversão, libertação, propiciação e imputação, com os retiros espirituais promovidos por eles. Como se vê, mais uma camuflagem para a substituição da obra vicária de Cristo na vida do crente. As técnicas adotadas são nazistas, na pratica da lavagem cerebral — repetição, confissão e afirmação escrita, aliados à similitude da transferência de espíritos de praxe nos tradicionais encontro de casais católicos romanos!

O movimento Gê-Doze contém erros teológicos aberrantes, tais como: que você deva examinar a sua vida para descobrir quais as orações que Deus deixou de responder. Então você tem que perdoar a Deus pelas vezes que falhou com as Suas promessas, senão Deus não pode perdoar você. Os conceitos teológicos postulados pelo G-12, tais como suas crenças quanto à revelação, o homem diante de Deus, pecado, igreja, santidade e a doutrina do Espírito Santo, não condizem com o ensinamento bíblico genuinamente pentecostal e reformado. As práticas evangelísticas que visam o mega crescimento da igreja, pautam por critérios mercadológicos antes que por critérios amorosamente bíblicos. A prática da "regressão mental" tem como objetivo de verificar a herança de maldições híbridas passadas, utilizada como uma arma letal para destruir a plena confiança do homem em Deus e no seu perdão, assim como, legando-o uma vida espiritualmente dependente e uma alma ferida, que só por um milagre e intervenção divina, poderá ser curada! Que o sangue de Cristo nos cubra a todos destes e outros semelhantes engenhos humanos, que depois tornam-se, inevitavelmente, em empresa à serviço do Reino das Trevas! Concluindo, assim vejo o movimento G-12:

Ele erra, porque pretende ser a revelação de Deus única e exclusiva.

Ele erra, porque confunde números simbólicos com numerologia, ao exigir o uso do número 3 ou 12 como se fossem números sobrenaturais, aproximando suas fronteiras litúrgicas com o esoterismo.

Ele erra, porque tem base em pretensas revelações e sonhos de um homem, cujas revelações não encontram respaldo bíblico, mas que pretendem ser aceitas como novas revelações.

Ele erra, porque, fundamentado em inovações, cria doutrinas anti-Bíblicas, como a de exigir dos adeptos dos encontros que liberem o perdão a Deus e reciclem seus pecados anteriores.

Ele erra, porque com sua confusão entre retiro para novos crentes e crentes antigos, anula a cruz e a obra vicária de Cristo, exigindo dos participantes dos encontros que confessem seus pecados anteriores.

Ele erra, porque confunde os seus retiros com o encontro pessoal com Cristo na conversão, em cujo momento tornam-se oráculos do Espírito Santo.

Ele erra, porque pretende que o encontro produza santificação absoluta (hagios) e instantânea (hagiasmos) a todo custo.

Ele erra, porque tenta pela manipulação psicológica massiva produzir a obra do Espírito, quando em realidade, o batismo no Espírito Santo é uma experiência distinta da regeneração, não salvífica, e privilégio para todos os nascidos de novo.

Ele erra, porque confunde construção de um império pessoal com a construção do Reino de Deus.

Finalmente, ele erra porque não crê na inerrância bíblica!

Teologia do Homem

O Homem foi criado à imagem e à semelhança do seu Criador. O corpo humano adulto normal, segundo a ciência, é composto dos seguintes elementos químicos: 40 litros de água, 20 quilos de carvão, 04 litros de amônia, 1 quilo e meio de cálcio, 800 gramas de fósforo, 250 gramas de sal, 100 gramas de enxofre, 80 gramas de salitre, 50 gramas de magnésio, 08 gramas de manganês, 02 gramas de alumínio, 20 centigramas de arsêmico. Contém ainda traços de chumbo, cobre, iodo, cario e bromo, mas se os cientistas misturarem tudo isso, resulta apenas em massa de mau cheiro, enquanto Deus no Éden, soprou esta mistura, resultando daí um gracioso ser humano. (Sl 139:15-18). Realmente a ciência ainda não construiu nada que se assemelhe ao ser humano. A engenharia genética se limita a repetir o que a natureza já faz a séculos. Para construir um computador que tivesse a velocidade do cérebro humano, com todas as suas perfeições, reflexos e memória, este computador teria um tamanho a ocupar dois edifícios mais altos do mundo, o Empire States, em Nova Iorque, e utilizar toda a energia eléctrica de uma cidade como Washington, Estados Unidos. A criação de Deus é perfeita!

Teologicamente é comprovado que somente Deus pode revelar a si mesmo! Destarte, o homem sempre foi o centro de toda atenção e história bíblica, posto que as doutrinas cardinais do pecado, salvação, vida futura e julgamento o tem como ponto focal!

Temos a natureza divina, então somos deuses! Claro que temos natureza divina , mas não somos pequenos deuses! E o que dizer de João 10:34? Foi uma simples defesa de Jesus à irracionalidade dos Judeus, evocando uma afirmação poética e lírica de Asafe, no livro dos Salmos - “eu disse: vós sois deuses, e vós outros sois filhos do Altíssimo.” Eles ainda usam textos como o de 2 Pedro 1:4 para firmarem esta heresia. Entretanto, esta passagem fala acerca da natureza moral de Deus. Isto é, diferente e diametralmente oposta aos ensinos do Hinduísmo, que afirma ser toda criatura um sublimado divino. Muito pelo contrário, quando o homem é regenerado, a imagem da Divindade é restituída à sua pessoa -- "e criou Deus o homem à sua imagem" -- "vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou"(Cl 3:10). Ele passa a ser participante dos Atributos Morais (natureza comunicável de Deus), tais como: amor, justiça, verdade, sabedoria e santidade; e não participantes dos Atributos Naturais ou ativos de Deus (natureza incomunicável), tais como: eternidade, imutabilidade, onipresença, onisciência e onipotência. É irracional, anti-ético e anti-bíblico o ensino de sermos deuses, pois só há um Deus (Dt 6:4; 1 Tm 2:5)!

Morte Espiritual de Cristo

Entre outras, dizem os agnósticos da Confissão Positiva que Jesus morreu duas vezes: física e espiritualmente. Agnósticos, porque esta escola ensina pontos contrários à Teologia Teísta:

A dicotomia do homem: “ele tem espírito e corpo. O espírito é divino e bom; o corpo é terreno e mal. Sendo assim, a salvação é o produto da pessoa adquirir o 'conhecimento' (gnoses) de sua natureza espiritual."

Jesus não encarnou: “Ele foi um homem que adquiriu um conhecimento espiritual supremo, e assim pôde oferecer salvação para outros, através de seu conhecimento, e não pelo seu sacrifício."

Deus não pode atuar diretamente sobre o mundo material: “pois o universo é mal; ele necessita de um mediador, inferior à deidade suprema, que possa comunicar entre Deus e o universo material."

Os adeptos da Confissão Positiva afirmam que somente pela morte espiritual de Jesus é que Ele pôde fazer a remissão dos nossos pecados. Mas o que dizer das próprias palavras de Jesus: "Pai na tua mão entrego o meu espírito" (Lucas 23:46)? Este ensino vai contra toda a Cristalologia bíblica, que diz: "Tendo, pois irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é pela sua carne" (Hebreus 10:19,20). O que dizer então de Efésios 2:13; 1 Pedro 4:1; 1 João 1:7; Apocalipse 1:5?

A Unidade de Teologia, no Capítulo da Soteriologia, do Seminário Sepoangol World Ministries nos prenda com a seguinte afirmação: "Nosso Senhor Jesus Cristo, pela sua morte vicária, adquiriu para o homem a sua plena salvação. Ser salvo, obviamente, implica da posição volitiva do recipiente em receber o 'salva-vidas a ele arremessado'. Deus conta com duas atitudes fundamentais e pessoais na aceitação da salvação por parte do homem: arrependimento e conversão". Arrependimento, porque pecamos contra Deus; conversão, porque não anelamos mais viver uma vida alienada do nosso Criador!

Palavra Sobre a Fé

Existem três aspectos da fé: para salvação (Efésios 2:8); para vida diária (Gálatas 5:22); e para operação ministerial (2 Coríntios 12:9). A fé é ministrada ao coração do homem que permite a Palavra de Deus penetrar no seu interior (Romanos 10:17). Portanto, a fé não é um sentimento, não é natural, nem uma energia diferencial ou um platonismo. Ela é espiritual e substancial, fecundada no coração do homem por meio da Palavra (Logos) de Deus (Mateus 13:3-9). Sim, diferencial, entretanto, é a “crença”, ou o que a teologia chama de Sede Universal (Sl 42:1), elemento que, junto com os atributos morais do homem, o faz diferente de todos os animais, direcionando-o sempre a um ser superior! Portanto, a fé é substancial: porque tem tamanho (Mateus 8:10); porque tem volume (Lucas 17:5); porque tem tenacidade (Ef 6:16); porque tem virtude (Judas 3); porque tem valor (1 Pedro 1:7).

A fé, ao contrário da suposta confissão positiva, é a sólida prova das coisas existentes e colocadas por Deus à disposição individual de cada crente. A fé é a ponte que nos leva ao alcance das coisas geograficamente longe e atuais; e a espera das coisas existentes no futuro (Hebreus 11:1). Portanto, não é a fé que produz o objeto, ou na linguagem carismática, a bênção; é o Deus da fé que o produz e o sustém (Lc 5:5)! Abraão foi um homem de fé porque creu no prometido que já existia; Isaque questionou acerca de um cordeiro que já estava amarrado no Monte Moriá; Noé foi salvo numa arca com sua família, a qual apontava para uma salvação já providenciada por Deus na sua onisciência e onipotência (Hebreus 11:1-36). Notemos o profundo pragmatismo da fé: Pedro tinha lançado a rede no lado errado, porém, Jesus o observou, pedindo que a lançasse no outro lado — "Sobre a tua Palavra" não existe fé fora da Palavra de Deus! Obviamente, lá já estavam os peixes que o Deus da fé tinha providenciado (Lucas 5:5)!

Verdades Bíblicas

Deus: Cremos em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas distintas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, Dt 6:24; Mt 28:19; Mc 12:29.

Jesus: Cremos no nascimento virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal de entre os mortos, e em sua ascensão gloriosa aos céus, Is 7:14; Lc 1:26-31; 24:4-7; At 1:9.

Espírito Santo: Cremos no Espírito Santo como terceira pessoa da Trindade, como Consolador e o que convence o homem do pecado, justiça e do juízo vindouro. Cremos no batismo no Espírito Santo, que nos é ministrado por Jesus, com a evidência de falar em outras línguas, e na atualidade dos nove dons espirituais, Jl 2:28; At 2:4; 1:8; Mt 3:11; 1Co 12:1-12.

Homem: Cremos na criação do ser humano, iguais em méritos e opostos em sexo; perfeitos na sua natureza física, psíquica e espiritual; que responde ao mundo em que vive e ao seu criador através dos seus atributos fisiológicos, naturais e morais, inerentes à sua própria pessoa; e que o pecado o destituiu da posição primática diante de Deus, tornando-o depravado moralmente, morto espiritualmente e condenado à perdição eterna, Gn 1:27; 2:20,24; 3:6; Is 59:2; Rm 5:12; Ef 2:1-3.

Bíblia: Cremos na inspiração verbal e divina da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé para a vida e o caráter do cristão, 2Tm 3:14-17; 2Pe 1:21.

Pecado: Cremos na pecaminosidade do homem, que o destituiu da glória de Deus, e que somente através do arrependimento dos seus pecados e a fé na obra expiatória de Jesus o pode restaurar a Deus, Rm 3:23; At 3:19; Rm 10:9.

Céu e Inferno: Cremos no juízo vindouro, que condenará os infiéis e terminará a dispensação física do ser humano. Cremos no novo céu, na nova terra, na vida eterna de gozo para os fiéis e na condenação eterna para os infiéis, Mt 25:46; 2Pe 3:13; Ap 21:22; 19:20; Dn 12:2; Mc 9:43-48.

Salvação: Cremos no perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita, e na eterna justificação da alma, recebida gratuitamente, de Deus, através de Jesus, At 10:43; Rm 10:13; Hb 7:25; 5:9; Jo 3:16.